sábado, 28 de julho de 2012

marcas de dedos



marcas de dedos submerssas em dedos, 
em cartas que se ocultam
nas lantejoulas
na clara carne da música

vejo a mulher, a mulher me vê,
no céu e no chão,
nas capas dos livros,
entre as virgulas e as exclamações

correm as pernas do poema,
movem-se seus braços,
tremulam cabeças 
partidas sobre as dobras 
que o vento salpica nas bandeiras
          
 ( edu planchêz )


Nenhum comentário:

Postar um comentário